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Inflação começa a dar sinais de melhora, mas ainda demanda cautela, dizem economistas

Economistas sinalizam que a inflação demanda atenção contínua, mas já apresenta alguns sinais de melhoria em suas componentes. A alta do IPCA em fevereiro foi impulsionada principalmente por reajustes conhecidos, com expectativa de desaceleração nos próximos meses.

Inflação de fevereiro: O IPCA subiu de 0,16% em janeiro para 1,31% em fevereiro, abaixo da previsão de 1,32%.

Este aumento deve-se a fatores como:

  • Devolução do bônus de Itaipu, que fez a conta de luz aumentar 16,8%, contribuindo com 0,56 pontos.
  • Reajuste das mensalidades de educação, adicionando 0,27 pontos.
  • Aumento do ICMS sobre combustíveis, que contribuiu com 0,14 pontos.

Sem esses itens, o IPCA teria registrado 0,34% de alta. O economista Lucas Barbosa destaca que a inflação deve permanecer elevada, mas com indícios de melhora.

O economista André Valério ressalta a necessidade de cautela, embora o núcleo da inflação esteja estável em 0,60%. O comportamento dos serviços também apresenta preocupação, com a inflação de serviços estável, mas fraca no mercado de trabalho.

A média móvel de serviços subjacentes caiu de 7,6% para 7,5%, mas ainda é alta. O economista Alexandre Maluf observa a recente elevação nos serviços pessoais.

A projeção de inflação cheia é de 6%, enquanto serviços subjacentes devem ficar em 7,2%.

O economista Roberto Secemski faz alerta sobre a inflação de alimentos em alta e projeta um IPCA entre 0,50% e 0,55% para março. Ele mantém uma previsão de 5,2% para 2025, com riscos associados ao câmbio.

Ele enfatiza que a estabilidade do real frente ao dólar será crucial para o repasse cambial.

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