Inflação argentina fica em 3,7% em março e cai para 55,9% em 12 meses
Inflação mensal da Argentina teve alta significativa em março, alcançando 3,7%, enquanto a taxa anual registrou queda. O presidente Javier Milei enfrenta desafios econômicos, incluindo aumento da pobreza e negociações com o FMI.
Inflação na Argentina subiu para 3,7% em março, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Essa taxa é maior que os 2,4% de fevereiro, mas a inflação acumulada em 12 meses caiu para 55,9%.
O governo do presidente Javier Milei, que tomou posse em dezembro de 2023, implementou severas mudanças econômicas. Medidas incluem:
- Paralisação de obras federais;
- Interrupção de repasses a estados;
- Retirada de subsídios em serviços essenciais.
Essas ações resultaram em aumento significativo nos preços ao consumidor e intensificação da pobreza, afetando 52,9% da população inicialmente, diminuindo para 38,1% no segundo semestre de 2024.
Apesar da recessão e protestos, Milei alcançou superávits e confiança de investidores. Ele busca reduzir a inflação abaixo de 2% ao mês e aguarda a aprovação de um empréstimo de US$ 20 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O empréstimo destina-se a fortalecer as reservas do Banco Central, após a venda de mais de US$ 2 bilhões para proteger a moeda. A expectativa de uma depreciação do peso elevou contratos futuros em 5,8%.
Após um ano de governo, a inflação anual passou de 211,4% em 2023 para 117,8% em 2024, estabilizando-se em 55,9% atualmente.
Com informações da AFP