Inflação argentina fica em 2,4% em fevereiro e cai para 66,9% em 12 meses
Milei enfrenta desafios econômicos em sua gestão, com inflação desacelerando, mas ainda elevada. O foco do presidente é manter a confiança dos investidores enquanto negocia um novo acordo com o FMI.
Inflação da Argentina em fevereiro foi de 2,4%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Indec, marcando uma aceleração em relação aos 2,2% de janeiro.
A inflação acumulada em 12 meses até fevereiro atingiu 66,9%, uma desaceleração frente aos 84,5% do mês anterior.
O governo do presidente Javier Milei, um ultraliberal, tem tomado medidas para conter os preços. No entanto, a inflação tem se mantido entre 2% e 3% nos últimos meses.
Desde sua posse em dezembro de 2023, Milei promoveu um grande ajuste econômico, incluindo:
- Paralisação de obras federais;
- Interrupção de repasses financeiros para estados;
- Retirada de subsídios para serviços essenciais.
Tais medidas resultaram em um aumento nos preços ao consumidor, mas também em superávits fiscais e recuperação da confiança dos investidores.
Milei busca manter este impulso econômico em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), onde a Argentina deve mais de US$ 44 bilhões.
Um dos principais objetivos do governo é reduzir a inflação abaixo de 2%, essencial para eliminar controles de capital que afetam os negócios e investimentos. A inflação anual era próxima de 300% no ano passado, mas caiu para dois dígitos e deve chegar a 23,3% até o final de 2025.
REPORTAGEM ESPECIAL: g1 analisa as mudanças na vida e na economia argentina um ano após o Plano Motosserra.