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Indústria farmacêutica da Europa se prepara para dificuldades com ameaça de tarifas de Trump

Possíveis tarifas sobre medicamentos podem impactar gravemente o acesso e os preços na Europa, gerando incertezas para o setor. A indústria farmacêutica europeia já se mobiliza em resposta, buscando adaptar-se a um cenário de mudanças no comércio global.

Tarifas sobre medicamentos podem mudar comércio farmacêutico global.

Insulina, tratamentos cardíacos e antibióticos, circulando livremente entre países, podem enfrentar tarifas mais altas pelo governo Trump. Recentemente, Trump indicou que essas tarifas podem ser implementadas em um “futuro não muito distante”.

Esse possível cenário afeta drasticamente a União Europeia, principal exportadora de produtos farmacêuticos para os EUA, abrangendo medicamentos como Ozempic e vacinas contra a gripe. Léa Auffret, da BEUC, alerta: “Colocar produtos essenciais em uma guerra comercial é preocupante.”

Empresas europeias podem reagir tentando aumentar a produção nos EUA ou transferindo produção para evitar tarifas. Algumas podem elevar os preços, impactando consumidores americanos e europeus.

Além disso, setores farmacêuticos na UE estão pressionando por condições mais favoráveis para reduzir custos, enquanto algumas empresas já se preparam para investir mais nos EUA.

As consequências para países como a Irlanda, onde produtos farmacêuticos representam 80% das exportações para os EUA, são especialmente preocupantes. Em 2020, a Irlanda exportou 58 bilhões de euros em produtos farmacêuticos.

Trump confirmou que as tarifas visam trazer de volta a produção farmacêutica para os EUA, mas a incerteza sobre o impacto dessas medidas é alta. Indústrias farmacêuticas da Europa estão colaborando com autoridades para mitigar os efeitos negativos, enfatizando que tarifas podem causar interrupções na cadeia de suprimento e escassez de medicamentos.

Este cenário também representa riscos para a produção de medicamentos genéricos na UE, podendo levar ao aumento dos investimentos nos EUA e complicar a produção local.

A situação é monitorada de perto, e a UE precisa estar atenta às implicações comerciais futuras.

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