Indústria de SP se opõe a benefício para carros com peças do exterior
Ciesp e associações do setor automotivo protestam contra proposta do governo Lula que visa reduzir tarifas de importação de veículos eletrificados. A medida é vista como uma ameaça à indústria nacional e aos empregos na cadeia produtiva.
Ciesp se opõe à redução tarifária para importação de veículos eletrificados em 28 de julho de 2025.
A organização argumenta que a medida do governo Lula prejudicará fabricantes brasileiros.
Além do Ciesp, a Abipeças e o Sindipeças enviaram uma carta ao presidente manifestando repúdio à redução tarifária.
Em 15 de julho, as quatro principais montadoras do Brasil - Volkswagen, Toyota, Stellantis e GM - já haviam enviado outra carta ao governo.
A Camex está analisando a redução das tarifas para veículos nos regimes SKD (semidesmontados) e CKD (completamente desmontados).
O Ciesp defende a isonomia tributária para garantir concorrência justa e alerta que os benefícios fiscais podem comprometer a política industrial e afetar empregos na cadeia automotiva.
Investimentos locais somam R$ 180 bilhões até 2030, sendo que cada emprego direto gera até 10 empregos indiretos.
Embora apoie a livre concorrência, o Ciesp teme que incentivos fiscais para kits estrangeiros ameacem empregos qualificados e desorganizem a cadeia produtiva.