Indústria de máquinas cresce no 1º tri, mas sinais de desaceleração acendem sinal amarelo
Indústria de máquinas e equipamentos apresenta crescimento no primeiro trimestre, mas enfrenta sinais de desaceleração em março. Desafios econômicos e aumento nas importações, especialmente da China, preocupam o setor.
Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos encerra o primeiro trimestre de 2025 com resultados positivos, mas sinal de desaceleração em março.
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou que o faturamento total foi de R$ 67,5 bilhões, alta de 15,2% em relação a 2024.
Em março, a receita líquida de vendas foi de R$ 24 bilhões, crescimento de 16,1% no comparativo anual, mas com queda de 5% em relação a fevereiro.
A receita doméstica alcançou R$ 18,1 bilhões, alta de 12,9% no ano, mas queda de 9,8% em relação ao mês anterior.
A diretora da Abimaq, Cristina Zanella, destacou a necessidade de políticas robustas para melhorar a competitividade da indústria, citando a alta da Selic e a reforma tributária como fatores relevantes.
A reforma, embora positiva, terá efeitos a longo prazo e muitos fatores influenciam a competitividade da indústria de máquinas.
Exportações em março foram de US$ 1,03 bilhão, alta de 19,1% em relação a fevereiro, mas retração de 5,8% no acumulado do ano.
- Exportações para os Estados Unidos caíram 30,2%.
- Crescimento nas exportações para a Europa (16,1%) e América do Sul (12,9%).
- Argentina teve avanço de 59,3% nas compras, e a China cresceu 203,1%.
O consumo aparente foi de R$ 34 bilhões em março, crescimento de 16,8% em relação a 2024.
As importações somaram US$ 30,6 bilhões no trimestre, com crescimento de 12,9%. A China respondeu por 34% dessas compras.
Zanella alertou que a China está facilitando sua entrada no mercado brasileiro, impactando a indústria local de máquinas e equipamentos. Ela observou a mudança no cenário global, onde a China lidera o mercado de máquinas.