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Indústria de máquinas cresce em abril, mas exportações e cenário macro acendem alerta

Apesar do crescimento da receita líquida no setor, a alta da taxa Selic e a diminuição das exportações acendem sinais de alerta. A indústria de máquinas e equipamentos enfrenta desafios com a crescente dependência das importações, principalmente da China.

Indústria de Máquinas e Equipamentos do Brasil encerra abril com números positivos, mas sinais de desaceleração e preocupações com o mercado externo persistem.

Dados da Abimaq revelam que a receita líquida foi de R$ 24,6 bilhões, com alta de 9% em relação a abril de 2024 e 4,8% sobre março.

O mercado doméstico liderou a recuperação, crescendo 17,1% no quadrimestre e movimentando R$ 18,6 bilhões em abril. Comparado ao ano anterior, houve aumento de 14,7%.

A diretora Cristina Zanella alerta sobre incertezas devido à taxa Selic elevada (14,75%) e um possível aumento no IOF, o que poderia encarecer o crédito e impactar investimentos.

Projeção para 2023 é de crescimento moderado de 3,7% na receita líquida total. Zanella destaca que as políticas de contenção podem prejudicar resultados de investimentos no segundo semestre.

Embora as vendas externas tenham alcançado US$ 1,04 bilhão (alta de 1,1% sobre março), as exportações apresentaram uma queda de 12,9% em relação a 2024.

As importações cresceram 11,8% no ano, alcançando US$ 10,4 bilhões. O consumo aparente foi de R$ 34,3 bilhões, com aumento de 16,3% na comparação anual.

As máquinas importadas representam 48% do consumo aparente em 2025, contra 46% em 2024. A China se tornou a principal origem das importações, com 33% de participação.

O presidente da Abimaq, José Velloso, observa que a indústria nacional perdeu espaço no mercado interno, enquanto cresce a participação chinesa devido à guerra comercial entre Estados Unidos e China.

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