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Indústria aposta no biometano para substituir diesel no transporte

BNDES avança com financiamento de biometano para renovação de frotas de caminhões, visando reduzir as emissões no transporte de cargas. Medida pode deslanchar investimentos em tecnologia sustentável e promover a substituição do diesel.

BNDES finaliza negociações para o primeiro contrato de renovação de frota de caminhões pelo Fundo Clima. O fundo oferece financiamento a juros baixos para projetos de descarbonização.

Os detalhes da negociação são sigilosos, mas o BNDES acredita que essa iniciativa é crucial para incentivar a substituição do diesel pelo biometano no transporte de cargas.

A diretora de Infraestrutura e Mudança Climática, Luciana Costa, destaca que o potencial de biometano pode substituir 62% do diesel usado no Brasil, utilizando resíduos da agropecuária.

O Fundo Clima, que possui R$ 11,2 bilhões para empréstimos a 6,5% ao ano, confirmou a inclusão do biocombustível em seu Plano Anual.

A Natura iniciou o uso de biocombustível em 2024 e prevê a redução de 930 toneladas de CO2 nas operações. A busca por redução de emissões está aumentando o emplacamento de caminhões a gás, que dobrou em comparação com o ano anterior.

A produção de caminhões a gás da Scania deverá alcançar 800 unidades apenas em 2023. A demanda por cilindros de gás natural cresceu de 2,5% para 12% da produção de uma fabricante entre 2022 e 2025.

A Gás Verde afirma que 60% do transporte de cargas no Brasil usa diesel, responsável por 15% das emissões. O biometano reduz emissões em cerca de 90% em comparação ao diesel.

A infraestrutura de abastecimento ainda é um desafio, com caminhões a gás limitados a uma autonomia de cerca de 700 quilômetros, e sem uma rede ampla de postos adaptados.

A diretora do BNDES ressalta que a mudança estrutural no mercado de combustíveis é essencial, mas requer investimentos em produção, infraestrutura de abastecimento e renovação da frota.

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