Índices de volatilidade e incerteza se espalharam pelo mundo, diz Galípolo
Gabriel Galípolo destaca que a volatilidade atual dos mercados se assemelha à brasileira, refletindo uma incerteza global crescente. Com as tarifas de importação mantidas pelos EUA, investidores demonstram preocupação com possíveis consequências recessivas na economia.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, comentou sobre o dia de pânico no mercado financeiro global desta segunda-feira (7), ressaltando que os países desenvolvidos apresentam volatilidade e incerteza semelhantes às do Brasil.
Na abertura da premiação do ranking Top 5 do Focus, em São Paulo, ele disse: “Fazer projeções sobre o futuro é especialmente difícil. O dia de hoje mostra que a incerteza e a volatilidade estão mais espalhadas no mundo.”
O VIX, índice que mede a volatilidade do S&P 500, subiu mais de 8%, após quedas acentuadas no mercado acionário asiático.
A aversão a risco é impulsionada pela decisão da administração de Donald Trump de manter as pesadas tarifas dos EUA, levando a temores de uma recessão econômica global.
Os futuros dos índices de ações dos EUA apresentaram quedas significativas: 3,5% para os índices gerais e 4,4% para o Nasdaq.
O mercado já perdeu quase US$ 6 trilhões na semana anterior, e a expectativa é de novas perdas, com tarifas que podem resultar em um efeito recessivo e inflacionário nos Estados Unidos, gerando cautela entre investidores.