Indicação de Stefanutto foi de minha responsabilidade, diz Lupi
Ministro Carlos Lupi assume responsabilidade pela indicação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi afastado pela Justiça em meio a investigações de desvio de recursos. A operação da PF, intitulada "Sem Desconto," apura irregularidades em descontos de mensalidades associativas de aposentados, envolvendo aproximadamente R$ 6,3 bilhões.
Ministro Carlos Lupi assume responsabilidade pela indicação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi afastado pela Justiça Federal em meio a uma operação da Polícia Federal apurando desvios de recursos no órgão.
Lupi descreveu Stefanutto como um funcionário “exemplar” e pediu que as investigações sejam concluídas antes de qualquer julgamento. Outros ministros e o diretor-geral da PF também participaram da entrevista.
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, ressaltou que a operação visa proteger aposentados de fraudes e se insere em um contexto maior de combate ao crime organizado.
Investigações revelaram que sindicatos e associações realizavam um Acordo de Cooperação Técnica com o INSS e cobravam descontos mensais sem autorização dos aposentados, utilizando documentos falsos.
O levantamento da CGU indicou que 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram a documentação exigida. Entre 2019 e 2024, a PF identificou descontos ilegais de R$ 6,3 bilhões.
A investigação começou em 2023, após suspeitas internas no INSS sobre descontos abusivos. A operação Sem Desconto mobilizou 700 policiais e resultou no cumprimento de 211 mandados de busca e apreensão, além de 6 mandados de prisão temporária.
Além do afastamento de Stefanutto, outros quatro servidores e um policial federal também foram suspensos por envolvimento na fraude.