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Índia proíbe aplicativos utilizados por milhões de pessoas, mas que você nunca ouviu falar

Governo indiano bloqueia serviços de streaming por conteúdo considerado obsceno, afetando plataformas populares no país. A decisão, motivada por denúncias de proteção aos direitos da criança, levanta questões sobre censura e liberdade de expressão.

Governo da Índia bloqueia 25 serviços de streaming por conteúdo considerado 'obsceno'.

A ordem afeta plataformas menos conhecidas, como Ullu e ALTT, emitida pelo Ministério da Informação e Radiodifusão.

As diretrizes se baseiam na Lei de Tecnologia da Informação de 2000 e regras de 2021, após denúncias da Comissão Nacional para a Proteção dos Direitos da Criança e de um comitê parlamentar.

O governo de Narendra Modi contatou provedores de internet e lojas de aplicativos, como Google Play e Apple App Store, para restringir o acesso a essas plataformas.

Dentre os 25 serviços, 10 oferecem compras dentro de aplicativos, gerando US$ 5,7 milhões em receita e acumularam quase 105 milhões de downloads.

Além de Ullu e ALTT, aplicativos como Hitprime, Hulchul, Jalva, Kangan e Wow Entertainment também foram afetados.

As assinaturas dessas plataformas eram mais acessíveis que as de serviços como Netflix.

Receitas:

  • ALTT: US$ 2,3 milhões com 1,06 milhão de assinantes.
  • Ullu: US$ 2,5 milhões de lucro e US$ 11 milhões em receita fiscal 2024.

Agenda de bons costumes: O governo já havia censurado plataformas como Amazon Prime Video e Netflix por conteúdo impróprio.

Em 2023, foi alertado que não deveriam veicular conteúdo abusivo. Contudo, consumir conteúdo explícito consensual não é crime na Índia.

O controle sobre conteúdos obscenos é complicado, especialmente para serviços menores que podem reaparecer com novos nomes e aplicativos.

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