Incorporadoras fecham 2024 com vendas, receita e lucro maiores, mesmo com juros mais altos; entenda
As incorporadoras brasileiras registram crescimento expressivo no quarto trimestre de 2024, com um lucro consolidado de R$ 1,3 bilhão, representando uma alta de 63,6% em relação ao ano anterior. Apesar dos desafios, a expectativa para 2025 é de um mercado mais estável com uma possível desaceleração nas atividades operacionais.
Setor imobiliário apresenta resultados positivos
O quarto trimestre de 2024 trouxe boas notícias para as incorporadoras, que ampliaram lançamentos, vendas, faturamento, margem e lucro. O lucro consolidado do setor alcançou R$ 1,3 bilhão, um aumento de 63,6% em relação ao mesmo período de 2023.
Perante esse cenário, analistas avaliam que as empresas iniciam 2025 em posição saudável. Contudo, esperam uma estabilidade ou leve diminuição nas atividades operacionais, visto como uma acomodação após anos de crescimento.
O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) fechou 2024 em 6,3%, superior aos 3,3%% de 2023. No entanto, isso não deve causar danos significativos, segundo André Mazini, líder de análise do Citi. As empresas mantiveram suas margens e conseguiram ajustar preços de venda.
Apesar dos juros altos, as vendas e lançamentos não foram impactados negativamente, o que surpreende especialistas como Mazini. Ele destaca que a demografia, com aumento de pessoas na faixa dos 30 a 50 anos, contribui para a demanda por imóveis.
Fanny Oreng, do Santander, também prevê uma desaceleração nas vendas ao longo do ano, mas acredita em um pouso suave para o setor. “O preço do imóvel subiu e o estoque é baixo”, afirma.
Desempenho das incorporadoras:
- Segmento Econômico: destaque para Cury e Direcional, com margens brutas de 39%.
- Tenda apresentou resultados negativos devido a ajustes.
- MRV enfrentou dificuldades na subsidiária dos EUA.
- Segmento Médio e Alto Padrão: Cyrela teve bom desempenho operacional e financeiro.
- Eztec se destacou por vendas e melhorias nas margens.
- Gafisa teve alta na Bolsa devido à recuperação em seu balanço.
- Even e Tecnisa enfrentaram prejuízos devido a fatores externos e aumentos de dívida.
O mercado continua observando as mudanças econômicas e suas possíveis repercussões no setor imobiliário ao longo de 2025.