Incluída na lista vermelha da Interpol, Zambelli pode ser presa na Itália? Entenda
Carla Zambelli, ex-deputada e foragida internacional, aguarda a possibilidade de extradição enquanto é alvo de alerta vermelho da Interpol. Seu paradeiro agora é monitorado por autoridades dos 196 países membros, incluindo o Brasil e a Itália.
Carla Zambelli, deputada licenciada, foi condenada a dez anos de prisão no Brasil por invasão hacker e falsidade ideológica. Agora, ela é considerada uma foragida internacional, após ser incluída na lista de difusão vermelha da Interpol.
Isso implica que sua foto e digitais serão repassadas a sistemas de aeroportos, alfândegas e forças policiais em 196 países.
A decisão de arrestá-la caberá ao governo do país onde for localizada, pois o alerta da Interpol não é um mandado de prisão automático.
Investigadores da Polícia Federal revelam que Zambelli viajou dos Estados Unidos à Itália antes de ser listada.
No entanto, a legislação italiana pode permitir a detenção imediata, o que não se aplica em muitos outros países. O alerta vermelho facilita a troca de informações entre Brasil e Itália sobre o paradeiro da parlamentar.
Caso Zambelli seja presa na Itália, ela passará por uma audiência de custódia. O governo brasileiro, por sua vez, formalizará um pedido de extradição ao Supremo Tribunal Federal, que aciona o Ministério da Justiça e o Itamaraty.
Referências a casos anteriores, como de Henrique Pizzolato, indicam que o processo de extradição pode ser longo, com um exemplo de 18 meses de espera.
Cidadania dupla pode influenciar na decisão de extradição. O caso de Zambelli pode ser complicado, pois suas ações não pareceram criminosas segundo a jurisprudência italiana, que exige que os crimes sejam reconhecidos na legislação local.
Alternativa à extradição seria o processo de expulsão, porém, isso depende da prática de um crime no país de refúgio.
Além disso, a Justiça de nações europeias considera o risco de tortura e más condições em presídios brasileiros ao avaliar pedidos de extradição.