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Importação de produtos chineses bate recorde entre janeiro e maio, em meio à guerra comercial global

Importações brasileiras de produtos chineses registram crescimento recorde de 26,5% no início de 2025. Especialistas apontam que a demanda interna e a guerra comercial entre China e EUA impulsionam as transações comerciais.

Exportações da China para o Brasil: atingem US$ 29,5 bilhões de janeiro a maio de 2025, um recorde histórico desde 1997, impulsionadas pela guerra tarifária com os EUA.

As importações brasileiras cresceram 9,22%, totalizando US$ 112,5 bilhões. O aumento das compras da China foi de 26,5%, superando outros parceiros como EUA (9,9%) e União Europeia (4%). As importações do Mercosul, por outro lado, caíram 1,8%.

Especialistas afirmam que esse crescimento se deve a fatores internos, como a atividade econômica aquecida, e não apenas ao redirecionamento da produção chinesa. Uma compra significativa foi feita em fevereiro: uma plataforma de petróleo de US$ 2,7 bilhões.

O economista Matheus Pizzani observa que os bens de capital foram os principais responsáveis pelo aumento inicial. Já os bens finais, como automóveis, começaram a crescer a partir de abril, possivelmente devido à guerra tarifária.

A economista Gabriela Faria destaca que a safra de soja e o bom momento do setor agropecuário contribuíram para o aumento das importações, especialmente de fertilizantes e adubos.

José Augusto de Castro, da AEB, menciona que a queda dos preços de commodities facilitou a produção e exportação da China. Ele acredita que produtos de alto valor agregado estão sendo direcionados para o Brasil em vez dos EUA.

Michel Platini, da Abimp, sugere que a escalada tarifária dos EUA forçou um redirecionamento das exportações, aumentando a oferta de produtos chineses. O cenário favorável é reforçado pela tendência de compra de produtos chineses em plataformas online, apesar de algumas dificuldades logísticas devido a greves na Receita Federal.

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