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Importação de aço fora do sistema de cotas mais que triplica no Brasil e expõe brechas na regra

Aumento nas importações de aço sem tarifa no Brasil levanta preocupações sobre o impacto nas siderúrgicas locais. Setor teme desvio de exportações globais em resposta à nova tarifa dos EUA e busca retomar acordos comerciais.

A importação de aço no Brasil apresentou um crescimento explosivo nos últimos meses.

Entre junho de 2024 e março de 2025, o Brasil importou 318.968 toneladas de aço não regulamentado por cotas, um aumento de 258% em relação ao ano anterior.

Os dados são do Instituto Aço Brasil e envolvem produtos classificados como “NCMs de fuga”, que escapam das tarifas de importação mais altas.

Enquanto isso, as importações de nove tipos de aço que estão sujeitos a tarifas mais altas caíram 7,4%, totalizando 1.839.211 toneladas.

O setor prevê um aumento de 75% nas importações totais de laminados na siderurgia até 2025.

A recente tarifa de 25% imposta por Donald Trump aos aços importados pelos EUA deve aumentar a competição no mercado brasileiro, pressionando as siderúrgicas locais, principalmente das Coreias do Sul e de outros países asiáticos.

O prazo de validade do sistema de cota-tarifa se aproxima do fim, o que levanta preocupações sobre a avalanche de importações.

A sobretaxa atual de 10,8% sobre as compras que ultrapassam o limite das cotas não tem mostrado eficácia devido aos subsídios que as siderúrgicas chinesas recebem.

Preços de exportação da China para bobinas caíram de US$ 560 para US$ 464 por tonelada entre janeiro e março de 2024.

As siderúrgicas brasileiras que exportam para os EUA lutam para retomar um acordo que evitava sobretaxas, permitindo a exportação de 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado anualmente.

Recentemente, 3,4 milhões de toneladas de aço importadas pelos EUA eram do Brasil, um indicativo da relevância econômica dessa relação.

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