Importação de aço chinês e tarifas dos EUA prejudicam resultados da Usiminas no trimestre
Usiminas enfrenta pressão nos resultados devido a tarifas e importações crescentes de aço, o que levou à revisão de suas estimativas de investimentos para 2025. O CEO da empresa aponta a necessidade de investigação antidumping para mitigar impactos negativos sobre o mercado interno.
Importações de aço e tarifas dos EUA pressionam a Usiminas
A entrada de importações de aço, principalmente da China, e as tarifas de 50% anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a partir de 1º de agosto, impactaram os resultados da siderurgia Usiminas.
O CEO da empresa, Marcelo Chara, afirmou que o sistema de cotas, implementado em julho de 2024 e renovado em maio deste ano, não resolveu a situação. Ele pediu que as investigações antidumping sejam concluídas com medidas concretas.
Em decorrência desse cenário, a Usiminas reduziu suas estimativas de investimentos para 2025, passando de R$ 1,4 bilhão a R$ 1,6 bilhão para um intervalo entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão.
Chara destacou que as importações chegaram a 2,3 milhões de toneladas, representando 28% do consumo total. "Isso é quase uma Usiminas. Isso é geração de emprego, renda e investimento fora do Brasil", afirmou.
Ele também mencionou que o anúncio do governo dos EUA afetará diversos setores da economia brasileira, apesar da baixa representatividade das importações da Usiminas nesse contexto.
Nos destaques do trimestre, a Usiminas registrou uma geração de caixa positiva de R$ 281 milhões, resultando em uma redução de 24% da dívida líquida e alavancagem para 0,5 vezes dívida líquida/Ebitda.