Impacto negativo no PIB X saúde do trabalhador: entenda o debate sobre a escala 6 X1
Congresso Nacional discute proposta de emenda para reduzir jornada de trabalho para 36 horas semanais. A mudança gera controvérsias entre melhorias na saúde do trabalhador e possíveis riscos econômicos, como a queda do PIB.
Debate no Congresso Nacional: Proposta de Emenda à Constituição (PEC) discute a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, sem corte de salários.
Atualmente, a Constituição estabelece um limite de 44 horas semanais com um dia de descanso (escala 6x1).
Movimentos sociais argumentam que o regime atual causa exaustão física e mental, afetando a qualidade de vida dos trabalhadores.
Impacto econômico da medida é incerto; Estudos apontam perda de até 16% no PIB, segundo a FIEMG, e entre 3,8% e 11,3% conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Economistas discutem que empresas podem ter que contratar mais funcionários se a produtividade não se mantiver estável.
Aumento na saúde mental não está diretamente ligado à jornada, como argumentam defensores; pressão está ligada ao tipo de empresa.
Estudo do Ibre da FGV alerta para redução na renda e fechamento de empresas. O Brasil enfrenta desafios complexos para aumentar a produtividade, como infraestrutura e carga tributária.
Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) destaca que quase 3 milhões de assinaturas foram coletadas em apoio ao fim da escala 6x1.
64% dos brasileiros apoiam o fim da escala 6x1; pesquisa indica que 82% acreditam que a jornada ideal é de 8 horas.
Eliane Aere, da ABRH-SP, afirma que a redução da jornada pode levar a colaboradores mais produtivos, enquanto empresas adotam escalas mais flexíveis.
Discussão sobre redução precisa incluir mudanças organizacionais; impactar a sociedade é fundamental.
Para o MTE, a redução é “plenamente possível e saudável”, recomendando que a questão seja tratada em convenções e acordos coletivos.