Impacto fiscal do pacote de contingência está calculado, diz secretário do Tesouro
Secretário do Tesouro destaca que impactos do tarifaço já foram estimados, mas detalhes ainda não podem ser divulgados. Ele afirma que medidas de contingência serão proporcionais aos efeitos setoriais da nova tarifa americana sobre produtos brasileiros.
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, comentou o impacto fiscal do plano de contingência relacionado ao tarifaço, destacando que já foi calculado, mas não pode fornecer números. Ele afirmou: "Todo processo de estimativa dos impactos está feito, mas não tenho liberdade para publicizar."
A declaração ocorreu antes da ordem executiva dos EUA, que impõe tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, exceto para itens como derivados de celulose, petróleo, e fertilizantes.
Ceron disse que precisa discutir com a equipe econômica como ajustar o plano de contingência ao novo cenário. As medidas serão proporcionais ao impacto sofrido por cada setor.
O plano de contingência será anunciado pelo presidente Lula, pelo vice Geraldo Alckmin, e pelos ministros. Ceron ressaltou que as medidas poderão ser implementadas em etapas.
Ele também declarou que a elevação da tarifa é de cunho político e não comercial, trazendo desafios ao Brasil. No entanto, o governo está preparado para lidar com os efeitos do tarifaço.
Sobre o fluxo de investimentos, Ceron afirmou que não há relação direta, pois decisões são baseadas em perspectivas de longo prazo. Contudo, reconheceu a preocupação com a balança comercial e destacou a disposição do governo para mitigar os efeitos.