Impacto do tarifaço ‘suavizado’ de Trump no PIB brasileiro não ultrapassa 0,3 p.p.
Tarifas impostas por Trump têm impacto limitado no PIB brasileiro, com exceções significativas em diversos setores. A análise aponta que a lista de produtos isentos inclui itens críticos, suavizando os efeitos negativos esperados.
Decreto de Trump impõe tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, mas gestoras de investimentos projetam impacto reduzido no PIB do Brasil devido a uma lista de exceções abrangentes.
Exceções incluem:
- 565 artigos de aviação civil;
- Setores como energia, fertilizantes, madeira;
- Metais preciosos e estanho.
Exportações mais sensíveis, como suco de laranja, foram preservadas, mas produtos como café, cacau, carne, frutas, calçados, etanol, açúcar e vestuário estarão sujeitos à tarifa, segundo a corretora Monte Bravo.
A análise da XP informa que a lista de exclusão cobre 42% das exportações brasileiras para os EUA, reduzindo as exportações em US$ 3,5 bilhões até 2025, impactando 0,15 ponto percentual do PIB.
Outras estimativas:
- Monte Bravo: perda de 0,1 a 0,2 p.p. no PIB;
- Banco Daycoval: perda de 0,13 p.p.;
- Kinea: impacto semelhante de 0,20 p.p.;
- Goldman Sachs: impacto de 0,25 p.p., sem retaliação;
- Bradesco: estima 0,3 p.p., destacando que commodities podem ser redirecionadas para outros mercados.
A flexibilidade de redirecionamento e a dificuldade de prever reações ao novo cenário tarifário permanecem como desafios para a economia.