Imigrante venezuelano deportado processa governo dos EUA em US$ 1,3 milhão por prisão injusta
Venezuelano afirma ter sido detido sem devido processo e submetido a condições desumanas em prisão salvadorenha. Ele busca responsabilizar o governo americano enquanto organiza ações legais em nome de outros imigrantes afetados.
Venezuelano processa governo americano por US$ 1,3 milhão, alegando prisão sem devido processo legal.
Neiyerver Adrián Leon Rengel, 27 anos, ficou quatro meses preso em El Salvador após ser acusado de fazer parte da gangue “Tren de Aragua”. Ele foi liberado recentemente, após uma troca de prisioneiros entre os EUA e a Venezuela.
Rengel apresentou uma reclamação administrativa ao Departamento de Segurança Interna, um passo inicial para uma ação legal contra o governo americano.
Dos 252 venezuelanos deportados para El Salvador, apenas 32 tinham condenações graves, segundo o The New York Times. Advogados alegaram que as deportações foram feitas sem oportunidade justa de defesa.
Rengel, barbeiro no Texas, foi preso após seus tatuagens serem observadas por agentes, que alegaram conexão com a gangue. Ele diz não fazer parte da gangue e possui apenas uma contravenção antiga.
A família de Rengel passou mais de um mês sem informações sobre seu paradeiro. Ele foi mantido em uma cela superlotada, sem acesso a medicamentos, e sofreu agressões de funcionários do centro de confinamento.
Ele ingressou nos EUA via “CBP One” em junho de 2023, enquanto solicitava Status de Proteção Temporária, programa encerrado pelo governo Trump. Rengel agora vive na Venezuela com a filha Isabela, buscando justiça para evitar que outros imigrantes passem pela mesma situação.