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Imagem de Stálin retorna ao metrô de Moscou, homenageando uma história brutal

Estátua de Stálin reinaugurada em Moscou provoca divisão de opiniões entre os russos. A monumento resgata uma figura histórica controversa em meio a uma era de reavaliação do legado soviético.

Moscou - Um novo monumento a Iosif Stálin foi inaugurado este mês em uma estação de metrô, após quase 60 anos de ausência. A escultura mostra Stálin cercado por trabalhadores e crianças que o homenageiam com flores.

A peça é uma réplica de uma estátua removida em 1966 durante a desestalinização. O novo relevo atraiu muitos visitantes, que deixam flores e tiram fotos. A iniciativa faz parte do esforço do Kremlin para reabilitar o legado de Stálin, que divide a opinião pública russa.

Entre os admiradores, Liliya A. Medvedeva expressou sua felicidade pela restauração, afirmando que "vencemos a guerra graças a ele", enquanto críticos acreditam que essa visão é uma tentativa de encobrir a história.

Vladimir, um estudante de história, descreveu Stálin como “um tirano sanguinário”, complicando o debate sobre a figura do ditador.

Stálin foi responsável por expurgos massivos e políticas que resultaram em fome na União Soviética. Apesar disso, a nostalgia soviética é forte, especialmente entre os mais velhos, que veem Stálin como um líder forte.

Desde a ascensão de Vladimir Putin, mais de 108 monumentos a Stálin foram erigidos na Rússia, com um aumento notable após a invasão da Ucrânia em 2022.

Putin, embora condenando os crimes de Stálin, tem um histórico de minimizar suas atrocidades. A Memorial, organização de direitos civis, foi dissolvida, enquanto críticas ao governo enfrentam repressão.

Ativistas tentaram protestar contra o monumento, mas rapidamente enfrentaram a remoção e detenção pela polícia.

Lev Shlosberg, membro da oposição, alertou que a reestalinização representa um risco tanto para a sociedade quanto para o próprio governo.

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