HOME FEEDBACK

Ilha de Santa Lúcia revoga lei que proibia sexo entre pessoas do mesmo gênero

Decisão do Supremo Tribunal do Caribe Oriental anula leis coloniais que criminalizavam relações entre pessoas do mesmo sexo. Ativistas celebram a vitória como um passo significativo em direção à igualdade e dignidade para a comunidade LGBTQIA+ em Santa Lúcia.

Ativistas pelos direitos LGBTQIA+ do Caribe celebraram uma decisão judicial histórica em Santa Lúcia que anulou uma legislação da era colonial criminalizando relações sexuais entre pessoas do mesmo gênero.

A decisão, emitida pelo Supremo Tribunal do Caribe Oriental, considerou inconstitucionais trechos do código penal que proíbem "sodomia" e "indecência grave".

Santa Lúcia, com menos de 180 mil habitantes, fica próxima a Barbados e Martinica. Dane Lewis, da CariFLAGS, afirmou que as leis coloniais são incompatíveis com a dignidade humana.

Apesar da decisão, muitos países caribenhos mantêm leis que proíbem intimidade entre pessoas do mesmo sexo, refletindo um legado colonial. A fundadora da 758Pride, Jessica St. Rose, chamou a decisão de uma "mudança legal monumental", embora enfatize a necessidade de reformas adicionais para proteger pessoas LGBTQIA+ da discriminação.

Silêncio político foi a resposta predominante em Santa Lúcia, incluindo do primeiro-ministro Philip Pierre. Na Guiana, onde a "sodomia" pode resultar em prisão perpétua, o grupo Guyana Together elogiou a mudança como uma desconstrução de leis arcaicas.

Cerca de 60 países ainda criminalizam relações entre pessoas do mesmo sexo, com muitos sendo ex-colônias britânicas. Críticas surgiram nas redes sociais, com alguns moradores citando passagens bíblicas contra a decisão.

Bradley Desir, um gay de Santa Lúcia radicado no Canadá, expressou otimismo com a mudança, sentindo-se mais seguro para visitar a ilha. "Espero que a discussão sobre a legalização do casamento gay continue", disse ele, apontando que as novas gerações crescerão em um contexto diferente.

Leia mais em folha