Iguatemi, Allos e Multiplan: o que o mercado projeta para balanços de shoppings no 2T
XP Investimentos, Santander e Bank of America projetam um segundo trimestre de 2025 positivo para o setor de shoppings, impulsionado por vendas robustas e aumento nas taxas de ocupação. No entanto, desafios como taxas de juros elevadas e aumento do endividamento devem impactar os resultados financeiros.
XP Investimentos projeta um trimestre sólido para o setor de shoppings no 2T25, com destaque para Allos (ALOS3), Iguatemi (IGTI11) e Multiplan (MULT3).
Os principais fatores de desempenho incluem:
- Aumento nas vendas dos lojistas;
- Repasses inflacionários via IGP-M/DI;
- Custos operacionais controlados;
- Aumento nas taxas de ocupação.
A XP destaca que Multiplan e Allos tiveram crescimento de dois dígitos nas vendas em abril, sustentando uma taxa de ocupação média de 96,5%, comparada a 95,8% no 2T24. Espera-se uma expansão média de 1,3 pontos percentuais na margem NOI.
A XP prevê um crescimento médio de receita de 12% para as empresas atendidas, com receitas complementares contribuindo. Contudo, as margens de FFO enfrentam pressão devido às altas taxas de juros.
O Santander acredita que os shoppings continuarão mostrando resiliência, com crescimento de vendas em dois dígitos impulsionado pelo feriado da Páscoa. O BofA também prevê desempenho operacional forte, com crescimento positivo do aluguel.
Quanto à Iguatemi, o BofA a considera a principal escolha, recomendando compra com preço-alvo de R$ 30.
A receita líquida da Allos está projetada em R$ 378,1 milhões, um aumento de 18,2% em relação ao ano anterior. O AFFO é estimado em R$ 141,3 milhões, com impacto negativo devido a novos acionistas e maior alavancagem.
A Multiplan deve apresentar receita líquida de R$ 604,7 milhões, alta de 13,3%, mas com AFFO por ação caindo em 4,9% devido à maior alavancagem.
Para a LOG, a receita líquida está estimada em R$ 59,7 milhões, e a HBR deve continuar registrando prejuízo líquido, com o Santander mantendo classificação de venda e preço-alvo de R$ 2.
Os bancos como Bank of America e Santander mantêm recomendações de compra para as ações, ajustando os preços-alvos de acordo com as expectativas do mercado e desempenho operacional.