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IFood anuncia reajuste de 15,3% na taxa mínima dos entregadores, ainda abaixo da reivindicação da categoria

iFood aumenta taxas para entregadores em junho, mas mudanças ainda estão aquém das reivindicações da categoria. O reajuste reflete uma prática comum da empresa, sem relação com recentes paralisações do setor.

iFood anuncia reajuste nas taxas de entregadores

Neste terça-feira, o iFood divulgou um aumento nas taxas mínimas pagas aos entregadores:

  • Entregas de carro e moto: de R$ 6,50 para R$ 7,50.
  • Entregas de bicicleta: de R$ 6,50 para R$ 7,00.

O novo valor entra em vigor em 1º de junho. A empresa afirma que a modificação não está relacionada ao Breque dos Apps, uma paralisação nacional realizada no mês passado.

Atualmente, o iFood adota duas modalidades de pagamento:

  • Taxa mínima por pedido (R$ 7,50), independentemente da distância.
  • Acima de 4 km, é adicionado R$ 1,50 por quilômetro rodado.

O último reajuste foi em julho de 2023, quando o valor mínimo subiu para R$ 6,50. No mesmo período, o INPC aumentou 7,9%, inferior ao 15,3% do aumento atual.

Johnny Borges, diretor de Impacto Social do iFood, destacou que o reajuste é uma atualização comum e essencial para incrementar o ganho dos entregadores.

De acordo com a empresa:

  • 70% dos entregadores trabalham até 20 horas por semana.
  • Mais da metade possui vínculo CLT, utilizando o app como fonte complementar de renda.

O atual reajuste, embora superior ao INPC, não atende a todas as reivindicações do Breque dos Apps, que incluíam uma taxa mínima de R$ 10 e aumento por quilômetro para R$ 2,50.

Borges explicou a lógica da taxa mínima, reforçando que pagar integralmente por entregas agrupadas não é viável devido a custos operacionais. O modelo de negócios do iFood se baseia na parceria com restaurantes, não apenas nas taxas de entrega.

Sobre a entrada da 99Food no mercado, Borges se mostrou confiante de que o iFood continuará mantendo sua posição no setor.

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