IFI estima rombo de R$ 64,2 bi em 2025, mas alcance da meta com deduções
Estimativa da IFI aponta preocupações com a situação fiscal do governo até 2026. A necessidade de um esforço fiscal adicional de R$ 72,3 bilhões revela desafios para atingir a meta de superávit primário.
A IFI (Instituição Fiscal Independente do Senado) projeta que as contas do governo terão um rombo de R$ 64,2 bilhões em 2025.
A meta fiscal é de déficit zero, mas há uma margem de tolerância de até 0,25% do PIB.
Em valores nominais, um saldo negativo de R$ 30,9 bilhões poderia ainda cumprir o objetivo, considerando as deduções legais.
O montante de R$ 44,1 bilhões (0,35% do PIB) em precatórios permitirá ao governo atingir a meta, já que o STF autorizou a regularização até 2026.
Segundo a IFI, a situação fiscal do país requer atenção especial. Os indicadores de resultado primário e endividamento público mostram deterioração.
O relatório de acompanhamento fiscal foi assinado por Marcus Pestana e Alexandre Andrade.
Em 2024, a meta passou de um superávit primário de 0,5% do PIB para um débito zero em 2025.
Para 2026, a IFI prevê um débito primário de R$ 128 bilhões (0,95% do PIB), necessitando de um esforço fiscal adicional de R$ 72,3 bilhões.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva estima um superávit primário de R$ 38,2 bilhões em 2026, superando a meta de 0,25% do PIB.
As metas fiscais contam com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para maior flexibilidade.
O secretário de Orçamento Federal afirmou que não há “peça de ficção” ao serem questionados sobre a viabilidade dos resultados futuros.
Os objetivos para anos seguintes também consideram essa margem de tolerância para a execução.