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Ícone da Espanha e garrafa até R$ 9.000: Vega Sicília vê Brasil como mercado-chave

O Brasil se destaca na exportação de vinhos de luxo, atraindo atenção de grandes vinícolas internacionais. O CEO da Vega Sicilia ressalta o crescimento do consumo de vinhos de alta gama no país, mesmo enfrentando desafios tributários.

Empresários do setor de vinhos no Brasil afirmam que os consumidores preferem rótulos mais baratos, com o “coração do mercado” em garrafas até R$ 50.

No entanto, o Brasil se destaca no segmento de vinhos de alta qualidade, como evidenciado pela vinícola espanhola Vega Sicília, que já considera o país um mercado-chave. O vinho ícone da vinícola, por exemplo, custa R$ 8.775,72 a garrafa.

Segundo o CEO da vinícola, Pablo Álvarez, o Brasil representa 5% das vendas totais, o que é significativo para uma vinícola que exporta 70% da produção para 140 países.

Álvarez acredita que há um crescimento contínuo no consumo de vinhos entre a classe média e média-alta. Ele participou recentemente de um jantar em São Paulo e ressaltou um ecossistema saudável para o vinho no Brasil, embora a alta carga tributária continue sendo um desafio.

Ele comentou sobre a necessidade de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia para reduzir impostos sobre vinhos importados, o que seria positivo para o mercado.

Apesar das incertezas comerciais, Álvarez não vê grandes mudanças nos negócios da vinícola e destaca que a produção anual é de 1,3 milhão de garrafas, com faturamento estável em cerca de 90 milhões de euros.

Nossa prioridade é a qualidade, afirma Álvarez, que enfatiza que a estabilidade da marca é essencial, mesmo em anos de menor produção.

Vega Sicilia, com origem em 1577, tem como objetivo produzir o melhor vinho possível, mantendo um prestígio que a posiciona como uma das vinícolas mais reconhecidas globalmente.

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