Ibovespa tem dia de cautela com tarifas e fiscal; mercado espera por falas de Lula
Ibovespa registra leve alta em meio a incertezas fiscais e tarifárias, com setor de commodities em queda e destaque para o aumento das ações do GPA. Investidores permanecem cautelosos, aguardando pronunciamentos sobre a nova taxação dos EUA e decisões do STF.
Ibovespa fecha em alta modesta nesta quinta-feira, com variação positiva de 0,04%, a 135.564,74 pontos, seguindo operações lateralizadas. O índice oscilou entre 135.016,25 e 135.792,48 pontos, com volume financeiro de R$17,93 bilhões.
Apesar do desempenho positivo de Wall Street, investidores locais permanecem cautelosos diante de incertezas tarifárias e fiscais. Gilberto Nagai, da SulAmérica Investimentos, comenta que o setor de commodities está fraco, enquanto o setor doméstico se sai melhor.
No radar, a expectativa era pelo pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a tarifa de 50% imposta pelos EUA ao Brasil. Lula afirmou que “ainda não” vê uma crise com os EUA e que conversará com Trump se houver circunstâncias. O ministro Mauro Vieira também se manifestou sobre a falta de oportunidades para um encontro entre os presidentes.
Dentre as repercussões, Alexandre de Moraes retoma parcialmente o decreto do IOF e o Senado aprova, em primeiro turno, novas regras para precatórios e quantitativos de uso do Fundo Social do Pré-Sal.
DESTAQUES:
- PETROBRAS PN (PETR4): -1,01%, cogita retornar ao varejo de combustíveis.
- VALE ON: -0,18%, apesar de alta no minério de ferro na China.
- GPA ON (PCAR3): +6,52%, acumulando 17% na semana devido à participação da família Coelho Diniz.
- BRASKEM PNA (BRKM5): -1,54%, após autorização de transação pelo Cade.
- AZUL PN (AZUL4): -9,21%, se aproximando do prazo para explicações ao Cade.
- HYPERA ON (HYPE3): -4,43%, recuperando ganhos anteriores.
- WEG ON (WEGE3): +2,36%, com expectativas positivas após resultados da concorrente ABB.
O dia foi marcado por um clima de cautela no mercado acionário em resposta a decisões políticas e econômicas no Brasil.