Ibovespa sobe quase 1% e retoma os 135 mil pontos com foco no exterior
O retorno do Ibovespa aos 135 mil pontos é impulsionado por balanços positivos de grandes empresas. O mercado reage a incertezas políticas nos EUA, com investidores buscando diversificação em mercados emergentes.
Ibovespa volta a subir, alcançando 135 mil pontos nesta quarta-feira, 12, com alta de 0,99%. O índice variou entre 133.676,27 e 135.782,00 pontos, com volume financeiro de R$ 17,0 bilhões.
No acumulado do mês, o Ibovespa ainda registra queda de 2,51%, enquanto no ano avança 12,54%.
O dólar atingiu mínima de R$ 5,5161 e encerrou em baixa de 0,79%, a R$ 5,5230.
Dentre os destaques do mercado:
- Raízen (RAIZ4): +5,48%
- CVC (CVCB3): +4,74%
- Natura (NATU3): +4,27%
- MRV (MRVE3): +4,19%
- WEG (WEGE3): -8,01%
- BRF (BRFS3): -1,85%
Felipe Moura, gestor da Finacap Investimentos, considera que o mercado responde a um cenário complexo, onde os EUA estão perdendo status de porto seguro. Já Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença, observa que o risco é assumido por investidores mais arrojados.
Trump criticou o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, por não reduzir juros, o que, segundo ele, prejudica famílias americanas. Também, há uma ação judicial envolvendo Trump Media e o STF, proposta em fevereiro.
Marcello Estevão, do IIF, classificou como “absurdo” comparar o Brasil a países como Rússia e Irã em relação a possíveis sanções. Ele enfatiza que o SWIFT é uma rede internacional, não americana.
Ian Lopes, da Valor Investimentos, menciona que avanços nas negociações dos EUA com outras nações, como Japão e Indonésia, contribuem para a recuperação das bolsas, incluindo a brasileira.
Na Europa, o acordo comercial entre EUA e Japão elevou expectativas e impulsionou o FTSE 100 a um recorde histórico.
Em Nova York, o Dow Jones teve ganhos de 1,14%.