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Ibovespa e real sucumbem a temor com guerra comercial após “dilema” dos ativos locais

Mercado brasileiro reage à guerra comercial entre EUA e China com queda significativa do Ibovespa e alta do dólar. Cenário de incertezas aumenta aversão ao risco e afeta os ativos domésticos.

Mercado brasileiro enfrenta pressão nesta sexta-feira, com o Ibovespa caindo mais de 2% e o dólar subindo acima de 2%. Às 11h (horário de Brasília), o índice registrava queda de 2,75%, a 127.584 pontos, enquanto o dólar atingia R$ 5,78.

Os ativos estão sendo impactados pela aversão ao risco global, após a China retaliar tarifas comerciais dos EUA, intensificando a guerra comercial e os temores de uma desaceleração econômica.

Na véspera, a tarifa de 10% aplicada ao Brasil havia sido considerada baixa, mas especialistas alertaram que isso não é motivo para comemoração. A forte taxação à China, um importante parceiro comercial, levanta preocupações.

A sexta-feira trouxe uma continuidade das perdas nos mercados acionários, com Wall Street eliminando US$ 2,5 trilhões em valor de mercado. Os contratos futuros do petróleo caíram 8%, e os preços do minério de ferro despencaram em Singapura.

A Ágora Investimentos destacou a incerteza no mercado, com o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmando que o governo busca negociar e enfatizando o potencial do acordo Mercosul-União Europeia.

Apesar da queda nas taxas de juros, ações de varejistas e construtoras também apresentaram forte baixa. A volatilidade reflete a desconexão entre as reações às tarifas de Trump.

A equipe de estratégia da XP vê tarifas menores para o Brasil como um ponto positivo, potencialmente favorecendo investimentos estratégicos da China em infraestrutura, o que implica um crescimento significativo na região.

No entanto, o fortalecimento das relações Brasil-China pode resultar em barreiras comerciais e uma guerra comercial prolongada pode causar desaceleração econômica, ameaçando os ativos de risco globally.

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