IBGE: Maranhão e Rio de Janeiro são maioria dos que vivem em área de proteção integral, onde há restrição para moradia

Estudo do IBGE revela que 131.492 pessoas residem em áreas de proteção integral no Brasil, correspondendo a 1,1% da população em unidades de conservação. O Maranhão é o estado com o maior número de residentes nessas regiões, seguido por Rio de Janeiro e São Paulo.

Em 2022, o Brasil tinha 131.492 pessoas vivendo em unidades de conservação de proteção integral, totalizando 1,1% da população dessas áreas.

As áreas de proteção integral são públicas, onde a moradia é proibida, com algumas exceções.

Os dados são do estudo inédito do IBGE, intitulado “Unidades de conservação: Principais características das pessoas residentes e dos domicílios”, baseado no Censo Demográfico 2022.

A distribuição das pessoas nas unidades de proteção integral é a seguinte:

Maranhão: 38,1 mil pessoas (29,03% do total)
Rio de Janeiro: 30,6 mil
São Paulo: 9,9 mil (7,6%)

O geógrafo Fernando Damasco explica que contar essa população não implica que estão em ocupações irregulares: “Esta não é função do IBGE. Essas pessoas vivem em áreas com vedação de ocupação.”

Possíveis explicações para a presença de pessoas nessas áreas incluem:

Não notificação da criação das unidades;
Notificação e não saída (situação irregular);
Unidades sem ações específicas;
Presença de população tradicional (quilombolas ou indígenas).