IBGE diz que Censo 2022 não permite análise do rendimento a partir de dados em todos os domicílios
IBGE revela que Censo Demográfico 2022 limita análise da renda da população a uma amostra reduzida. Mudanças nos questionários, determinadas por cortes orçamentários, dificultam a obtenção de indicadores sociais completos.
IBGE afirma que o Censo Demográfico 2022 não possibilita análise do rendimento de toda a população brasileira.
A análise completa só será viável com dados de uma amostra que participou com questionários completos e detalhados.
O instituto informou que mudanças nos questionários resultaram na redução das informações sobre renda em comparação ao Censo 2010.
Essas alterações foram definidas em 2019 devido ao corte no orçamento, conforme orientação do então ministro da Economia, Paulo Guedes.
No Censo 2022, o questionário básico coletou dados apenas da renda do responsável pelo domicílio, ao invés de incluir todos os moradores com 10 anos ou mais, como em 2010.
Com isso, não foi possível calcular o rendimento domiciliar per capita, crucial para indicadores como o Índice de Gini e linhas de pobreza.
Os dados mais precisos sobre os rendimentos ficarão restritos a uma amostra de aproximadamente 10% dos domicílios brasileiros, com previsão de divulgação para o terceiro trimestre de 2025.
A amostra reflete o perfil da população em critérios como sexo, faixa etária e cor ou raça, permitindo estimativas para a totalidade da população.