‘IA terá impacto maior do que imaginávamos. É preciso se abrir a mudanças’, dizem líderes do centenário Itaú Unibanco
Itaú Unibanco reflete sobre os desafios e oportunidades rumo ao bicentenário, destacando a importância da adaptação e inovação em um cenário de mudanças rápidas. Em entrevista, os copresidentes enfatizam a necessidade de ousadia e de uma cultura orientada à transformação para garantir a sustentabilidade do banco.
Itaú Unibanco se prepara para o seu dobro de século após completar 100 anos em 2024. Em entrevista ao GLOBO, os copresidentes do Conselho de Administração, Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, discutem as bases para enfrentar as mudanças aceleradas do mundo.
Os líderes reconhecem que não têm todas as respostas, mas apontam a “vontade de buscar” e o “espírito de aceitar” a transformação como fundamentais. Moreira Salles destaca a importância da tecnologia e da adaptação às novas relações com clientes, enquanto Setubal enfatiza a urgência de interpretar o presente e se manter aberto a mudanças.
O crescimento exponencial da IA é visto como um novo ciclo importante para o banco. Em 2024, o Itaú anunciou um lucro recorde de R$ 41,4 bilhões e atingiu quase R$ 3 trilhões em ativos.
Principais pontos da entrevista:
- O passado como “startup” e a necessidade de adaptação constante.
- A importância de uma cultura organizacional que favoreça a indagação.
- Acquisitions: o banco analisa a compra de empresas de tecnologia, mas prioriza mudanças estruturais internas.
- Desafios da tecnologia e segurança no sistema financeiro.
- O impacto positivo do Pix na inclusão bancária e redução de custos.
- A importância da flexibilidade no trabalho e mudanças nas relações empregatícias.
Navegando pelas complexidades do cenário econômico brasileiro, ambos acreditam que, com estratégia e ousadia, o Brasil pode prosperar no contexto global. No entanto, eles enfatizam que reformas estruturais são cruciais para um crescimento sustentável.
Setubal e Salles concluem que o aprendizado contínuo e a qualidade do capital humano são essenciais para a sobrevivência e o sucesso da instituição ao longo dos próximos 100 anos.