IA 'livre de viés ideológico': o que Trump pretende com esse plano? Especialistas decifram
Plano de ação de Trump visa garantir liderança dos EUA em IA, porém levantam-se preocupações sobre a eliminação de diretrizes de diversidade e inclusão. Especialistas alertam para os riscos éticos e sociais da nova abordagem conservadora.
Plano de ação dos EUA para IA, anunciado pelo presidente Donald Trump, visa vencer a corrida tecnológica com a China e reforçar a agenda anti-woke, que se opõe a ideias progressistas.
Segundo especialistas, o plano inclui:
- Desenvolvimento de IA "livre de viés ideológico".
- Remoção de conteúdos sobre diversidade e mudanças climáticas na construção de novos modelos.
A professora Yasmin Curzi De Mendonça critica a revisão do NIST AI Risk Management Framework, apontando que extinguir referências a segurança em IA poderá afetar grupos sociais vulneráveis.
O plano promove uma desregulamentação agressiva, priorizando as big techs e focando na competitividade. Ricardo Campos, professor da Alemanha, destaca que a abordagem contrasta com a regulação cautelosa do governo Biden.
A disputa pela supremacia tecnológica é central, com implicações para o cenário internacional. Outros países, como Japão e Coreia do Sul, seguem modelos diferentes.
O advogado Diogo Rais observa que a agenda do plano busca uma disputa global pelo poder, acenando para uma competição intensa com a China.
Ronaldo Lemos compara o plano a programas de tecnologia nuclear históricos, indicando que a IA pode ser tratada com similar importância estratégica.
Por fim, Carlos Affonso Souza destaca que o plano evidencia a urgência na competição entre EUA e China, com foco na removal de referências a desinformação e diversidade.
Marco Sabino alerta que medidas podem comprometer direitos humanos em nome da competitividade e questiona quem controlará as IAs alinhadas a ideologias específicas.