IA avança na indústria de animação, e estúdio fala em custos 90% menores

Inovação na animação: John Peck, 33 anos, testou sua voz de pirata em uma cabine de gravação em Los Angeles. Este teste faz parte da produção de um episódio da série Steven & Parker, que já atrai 30 milhões de espectadores semanalmente.

A Toonstar, a startup responsável pela série, usa inteligência artificial (IA) para acelerar a produção, possibilitando que episódios sejam feitos 80% mais rápidos e 90% mais baratos que os padrões da indústria.

Apesar do buzz em Hollywood sobre as mudanças trazidas pela IA, muitos estúdios tradicionais, como Disney e Warner, ainda operam da mesma forma que antes. As preocupações incluem compensação de direitos autorais e reações sindicais.

A indústria de animação, avaliada em US$ 420 bilhões, é impulsionada por tecnologia, e empresas como a Toonstar buscam inovações para se adaptar ao ambiente atual.

Empreendedores de IA, como John Attanasio e Luisa Huang, que fundaram a Toonstar em 2015, acreditam que a tecnologia pode democratizar e reintegrar criatividade na animação.

O Ink & Pixel, um gerador de imagens baseado em IA, permite criar conteúdos a partir de arte comissionada, evitando a extração de dados não autorizados da internet.

A Toonstar usa dados de audiência para guiar roteiros e melhorar a produção. A IA também ajudou na sincronização de vozes em diferentes idiomas.Mudanças rápidas estão em curso, com previsões de que grandes produções exijam apenas 50 pessoas em vez de 500 no futuro.

Outras startups de IA, como Runway e Asteria, buscam criar novas soluções para a animação. No entanto, a Toonstar se destaca por seu modelo inclusivo, propondo acesso à animação para talentos jovens.

Como conclui Attanasio: "Com a IA, a animação não será um clube privado."