Hungria reforma Constituição para restringir direitos LGBTQIAPN+
Parlamento da Hungria avança em reformas conservadoras, limitando identidades de gênero e atacando cidadãos com dupla nacionalidade. Protestos nas ruas refletem a crescente insatisfação com as medidas do governo de Viktor Orban.
Parlamento húngaro avança em restrições às liberdades LGBTQIAPN+, adotando emenda constitucional que reconhece apenas dois gêneros: masculino e feminino.
O primeiro-ministro, Viktor Orban, anunciou em março uma “grande limpeza de Páscoa” e também propôs emenda contra cidadãos com dupla nacionalidade, considerados “traidores da nação”.
A emenda foi aprovada por 140 votos a favor e 21 contra, após protestos de manifestantes que bloquearam a entrada do Parlamento em Budapeste, dispersos pela polícia.
A deputada opositora Timea Szabo destacou a continuidade dos protestos após 14 anos desde a primeira reforma da Constituição em 2011.
Durante a votação, alguns deputados apresentaram faixas de protesto, enquanto manifestantes do lado de fora alertavam: “Não permitiremos que a Hungria se torne a Rússia de Putin”. Desde 2019, a Constituição já restringe o casamento a casais compostos por um homem e uma mulher.
Com informações da AFP