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Hungria aprova emenda para fixar gênero masculino e feminino na Constituição

Emenda constitucional na Hungria estabelece gêneros masculino e feminino e reforça a repressão a cidadãos com dupla nacionalidade. A decisão é parte da estratégia política do primeiro-ministro Viktor Orbán em meio a crescentes desafios eleitorais e críticas à sua gestão.

Parlamento da Hungria aprova emenda que define apenas dois gêneros, masculino e feminino, como parte de uma campanha contra a comunidade LGBTQIA+.

O primeiro-ministro Viktor Orbán, no poder desde 2010, busca reforçar sua base eleitoral e atrair votos da ultradireita às vésperas das eleições de 2026. À medida que a economia enfrenta dificuldades, Orbán intensifica a repressão a mídias independentes e ONGs.

O voto da emenda ocorreu com uma maioria de dois terços do partido governista Fidesz, resultando em 140 votos a favor e 21 contra. Protestos ocorreram do lado de fora do Parlamento, onde manifestantes foram dispersos pela polícia.

As emendas reforçam uma legislação anterior que proíbe a marcha do Orgulho LGBT e limitam a liberdade de reunião. Para o governo, a mudança é uma "salvaguarda" contra influências ideológicas que ameaçam o bem-estar infantil.

Além disso, foi aprovada uma emenda que visa cidadãos com dupla nacionalidade, que podem ser considerados "traidores da nação". O governo justifica essa medida como parte de um esforço para combater redes de pressão política internacionais.

O porta-voz do governo enfatiza que essas ações visam proteger a democracia e a soberania húngara.

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