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Hugo Motta proíbe comissões da Câmara de fazerem homenagem a Bolsonaro

Hugo Motta justifica proibição de homenagens a Bolsonaro em meio ao recesso parlamentar, gerando críticas de deputados do PL. A sessão alternativa buscava contornar restrições do STF e planejar estratégias legislativas após o retorno das atividades.

BRASÍLIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), proibiu sessões das comissões de Segurança Pública e Relações Exteriores nesta terça-feira, 22, que homenageariam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A decisão foi tomada por meio de um ato de Motta, vetando reuniões de comissões entre 22 de julho e 1.º de agosto.

Bolsonaro havia confirmado presença, mas recuou após o ministro Alexandre de Moraes (STF) pedir explicações sobre postagens nas redes sociais.

Com a proibição, as moções de louvor podem ser votadas em agosto.

O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), chamou a decisão de Motta de “ilegal” e “antirregimental”, alegando que ele e o vice-presidente estavam fora do país. Sóstenes afirmou: “Não sei até quando teremos subserviência a decisões ilegais.”

Motta contatou os presidentes das comissões para solicitar o cancelamento das sessões e desejava evitar desgaste pessoal.

Deputados da oposição consideraram realizar a sessão mesmo assim, mas recuaram temendo punições políticas.

Ressaltaram que as sessões já estavam agendadas para sexta-feira, 18, e reclamaram da interrupção por Motta.

Deputados bolsonaristas colocaram uma placa com o nome de Bolsonaro na mesa do plenário. O deputado General Pazuello (PL-RJ) alertou sobre possíveis problemas com essa ação.

A Câmara não está oficialmente em recesso, uma vez que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não foi votada; no entanto, pratica-se um “recesso branco”.

Deputados bolsonaristas foram a Brasília para discutir reações a Moraes e propuseram retomar atividades legislativas, mas Motta e Davi Alcolumbre (União-AP) decidiram manter o recesso.

Após o recesso, o Senado planeja discutir o impeachment de Moraes, enquanto a Câmara visa aprovar medidas sobre foro privilegiado e amnistia aos presos do dia 8 de Janeiro.

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