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Hugo Motta e Davi Alcolumbre reclamam em reunião com Haddad que não foram avisados do aumento do IOF

Líderes legislativos expressam preocupação com a falta de diálogo do governo sobre aumento do IOF. Em resposta, Haddad promete novas medidas para reverter o decreto e minimizar impactos na arrecadação.

Presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para expressar preocupações sobre o decreto que aumentou o IOF, anunciado em maio, sem aviso prévio ao Congresso.

O tom da conversa foi de diálogo, ressaltando a necessidade de comunicação constante entre o Poder Legislativo e o governo.

Haddad respondeu que não é tradição informar previamente sobre decretos. A insatisfação já havia sido mencionada anteriormente, com o presidente Lula também ressaltando a importância da comunicação.

Durante a reunião, foram discutidas alternativas ao aumento do IOF, incluindo:

  • Reformulação de tributos sobre aplicações financeiras;
  • Aumento da tributação para fintechs;
  • Compensação da perda de arrecadação com aumento de 12% para 18% em jogos on-line.

O deputado Pedro Paulo criticou a ênfase nas medidas de aumento de arrecadação em vez de corte de despesas.

Apesar das preocupações, a relação entre Motta, Alcolumbre e Haddad não ficou tensa. O principal objetivo da reunião foi alcançado: um acordo para evitar a alta do IOF.

Pelo acordo, o governo promete editar um novo decreto para reduzir o aumento. A previsão é que a arrecadação fique em cerca de um terço dos R$ 20 bilhões inicialmente esperados.

As medidas serão implementadas via medida provisória (MP), mas ainda não há estimativa de arrecadação com elas.

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