Houthis atacam porta-aviões dos EUA em resposta a 'massacres' no Iêmen
Os houthis afirmam que o ataque ao USS Harry S. Truman é uma retaliação aos bombardeios dos EUA que resultaram em um grande número de mortos no Iêmen. A escalada de tensões no mar Vermelho levanta preocupações sobre a possibilidade de um conflito militar mais amplo na região.
Rebeldes houthis do Iêmen reivindicaram responsabilidade por ataque ao porta-aviões USS Harry S. Truman no mar Vermelho.
O ataque ocorreu em resposta aos bombardeios dos EUA que deixaram quase 100 mortos no país.
O porta-voz militar dos houthis, Yahya Sarea, afirmou que os bombardeios americanos causaram:
- 8 mortes em Sanaa;
- 68 mortes em um centro de detenção para migrantes em Saada.
Os houthis atacaram o USS Harry S. Truman e outros navios de guerra associados com mísseis balísticos, de cruzeiro e drones.
Sarea declarou que a operação forçou o porta-aviões a se retirar e ameaçou continuar os ataques até que a agressão contra o Iêmen cesse.
Além disso, os houthis reivindicaram um ataque a um alvo em Ashkelon, Israel, mas os lançamentos costumam ser interceptados.
Os EUA iniciaram uma campanha de bombardeio intensa em 15 de março contra os houthis após ataques rebeldes visando Israel e navios no mar Vermelho.
Desde o início da Operação Rough Rider, mais de 800 alvos foram atacados e centenas de combatentes houthis foram mortos, incluindo líderes de mísseis.
Apesar disso, Washington reconhece que a operação não deteve totalmente os insurgentes, mas reduziu a eficácia dos ataques, com diminuições de 69% em mísseis e 55% em drones.