Hotel Rosewood enfrenta briga de sócios na Justiça por direitos autorais e acusação de espionagem
Acusações de espionagem e usurpação de direitos autorais no hotel Rosewood levantam sérias questões sobre a integridade do empreendimento. A juíza autorizou perícia para investigar as alegações de Alexandre Allard contra seus sócios chineses.
Empresário francês Alexandre Allard acusa sócios chineses da Chow Tai Fook Enterprises Limited (CTF) de espionagem e usurpação de direitos autorais relacionados ao hotel Rosewood, em São Paulo.
O caso chegou à Justiça, e a juíza Laura de Mattos Almeida autorizou uma perícia no local, conforme solicitado por Allard, que teme mudanças durante o processo.
Allard, controlador do hotel inaugurado em 2022, alega que elementos arquitetônicos do projeto foram criados por ele antes da entrada da CTF nos negócios. Ele reivindica os direitos autorais e menciona tentativas de diluir sua participação no empreendimento.
A defesa de Allard destaca seu papel como um visionário que promoveu a cultura e a criatividade brasileiras no projeto.
Allard também acusa uma diretora da BM Empreendimentos de ter acessado informações confidenciais de sua advogada, relacionadas a negociações de debêntures, com o intuito de enfraquecer sua posição na empresa.
Sem Allard, a CTF poderia replicar o projeto Rosewood em outros locais, lucrando com isso.
Allard adquiriu o antigo Hospital Matarazzo em 2010, criando o que chama de Cidade Matarazzo. A CTF se juntou ao projeto em 2013.
A CTF é um dos maiores conglomerados de Hong Kong, com interesses em diversos setores, incluindo hotelaria, e é a maior cotista do fundo de investimento BM 888, o que lhe confere influência nas decisões sobre o Rosewood.
Os advogados de ambas as partes decidiram não comentar sobre o caso, que está sob segredo de Justiça.