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Hora errada? Trend do morango do amor aumenta procura pela fruta, ainda no início da colheita, e eleva os preços

Entenda a alta demanda pelo morango do amor e os desafios enfrentados pelos produtores antes da safra. Especialistas explicam como a combinação de fatores climáticos e a antecipação das tendências nas redes sociais afetam a oferta e os preços da fruta.

Febre do morango do amor dominou as redes sociais, mas ocorre antes da época de colheita. A popularidade cresceu rapidamente, mesmo com oferta limitada da fruta.

Minas Gerais, principal fornecedor, atinge o pico da safra apenas em setembro, conforme José Abílio de Oliveira, da Emater-MG. O mesmo se aplica a São Paulo e Rio Grande do Sul.

A demanda aumentou tanto que algumas docerias viram a sobremesa esgotar em 30 minutos, com preços chegando a R$ 40 em São Paulo.

Além disso, o preço do morango in natura subiu: uma caixa de 1,2 kg custa até R$ 35 em Minas, e no Ceasa, o kg estava a R$ 23,33 nesta quarta-feira (23).

Fornecedores relataram dificuldades na procura da fruta, não por problemas no plantio, mas pela safra inicial. O agrônomo Maicon Berwanger explicou que a produção baixa é uma característica do momento.

O morango, que é uma fruta da primavera, necessita de clima com muita luz solar e temperaturas amenas. Inverno resulta em menor colheita.

No Rio Grande do Sul, o clima severo resultou em perdas com um fungo e geadas, mas espera-se uma boa colheita em setembro. Minas e São Paulo também enfrentaram geadas, mas estão com a colheita normalizada.

A produção em Minas inicia em março, com pico em setembro, enquanto São Paulo começa entre junho e julho.

Mais informações: Febre do morango do amor cresceu 25 vezes no iFood em um mês.

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