HOME FEEDBACK

Herdeiro da Hermès é alvo de processo de US$ 1,3 bi nos EUA por quebra de acordo

Acusação de não entrega de ações gera nova reviravolta no caso de Nicolas Puech, herdeiro da Hermès. O herdeiro alega não ter controle sobre suas ações, enquanto Honor America Capital busca indenização milionária.

Um mistério envolvendo herdeiro da Hermès avança com uma nova ação.

A Honor America Capital processou Nicolas Puech, herdeiro de 82 anos da fortuna da Hermès, por não entregar ações no valor de 14 bilhões de euros (US$ 16 bilhões) em um acordo de venda.

O presidente da Honor America afirma que a compra teve apoio do Emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani. A indenização solicitada é de US$ 1,3 bilhão.

O advogado de Puech nega seu envolvimento, afirmando que ele não tinha conhecimento do acordo até ler a imprensa.

Puech, descendente de quinto grau do fundador da Hermès, enfrenta um histórico de processos judiciais e investigações sobre sua herança, que inclui cerca de seis milhões de ações da empresa.

A controvérsia sobre a propriedade dessas ações começou há mais de uma década, quando Bernard Arnault, da LVMH, declarou uma participação na Hermès.

Em 2014, Arnault concordou em distribuir as ações aos acionistas, mas Puech deixou o conselho e a situação de suas ações permanece incerta.

Recentemente, Puech acusou seu ex-gerente financeiro, Eric Freymond, de gestão inadequada, porém um tribunal rejeitou suas alegações.

O advogado de Puech está atualmente consultando partes envolvidas para localizar as ações em disputa.

Se Puech ainda possuir 5,7% da participação, será o maior acionista individual da Hermès, que viu seu valor de mercado explodir.

Documentos da queixa indicam que Puech e sua holding concordaram com a venda das ações em fevereiro, mas o negócio foi cancelado em março.

A situação destaca a riqueza do Catar no setor de luxo, com investimentos em marcas e ativos valiosos.

O estado atual do processo é desconhecido, mas a avaliação da Hermès atingiu 249 bilhões de euros, superando a LVMH.

Fonte: Bloomberg L.P.

Leia mais em bloomberg