Herdeiro da Hermès cobra explicações sobre sumiço de ações após morte de gestor
A morte de Eric Freymond, ex-gestor de patrimônio de Nicolas Puech, levanta novas questões sobre o desaparecimento das ações da Hermès. Enquanto o herdeiro solicita esclarecimentos, investigações continuam sem resposta definitiva sobre o destino da fortuna.
Desaparecimento de 6 milhões de ações da Hermès envolve a morte de Eric Freymond, ex-gestor do herdeiro Nicolas Puech, que detém 5,76% da marca.
Puech, bisneto do fundador da Hermès, solicitou esclarecimentos sobre as ações após a morte de Freymond. Ele expressou tristeza e solidariedade à família em um comunicado.
Freymond, banqueiro de 67 anos, morreu em um acidente de trem próximo ao seu chalé em Saanen, na Suíça. A polícia não divulgou mais detalhes.
Após 25 anos de amizade, Puech rompeu com Freymond devido a “eventos extremamente graves” relacionados ao desaparecimento das ações. Puech alegou ter sido “arruinado” e acusou Freymond de utilizar mecanismos financeiros para sumir com os papéis.
As denúncias foram à Justiça, mas a corte de Genebra considerou as acusações “vagas e infundadas”, absolvendo Freymond. Puech também fez queixa na França, mantendo o caso aberto.
Advogados de Freymond lamentaram sua morte, afirmando que ele estava abalado pelas acusações.
A disputa ganhou repercussão após Puech anunciar que pretendia deixar sua fortuna ao jardineiro. O caso atraiu atenção da mídia por suspeitas de que as ações tenham sido vendidas durante uma tentativa de aquisição da Hermès pela LVMH.
Investigação do grupo Tamedia revelou contradições nas versões, sem esclarecer o paradeiro das ações. Com a morte de Freymond e a idade avançada de Puech, a fortuna da Hermès segue envolta em incertezas.