Heineken vê queda nas vendas em meio a disputas e reajustes de preço na Europa
Heineken enfrenta quedas nas vendas de cerveja devido a disputas de preços e mudanças no comportamento do consumidor. A empresa projeta estabilidade nos volumes para o ano e planeja economizar 500 milhões de euros até 2025.
A Heineken enfrentou um declínio nas vendas de cerveja devido a disputas com varejistas na Europa, resultando em uma queda de 0,4% nos volumes no segundo trimestre. As ações da empresa caíram 4,1% em Amsterdã, a maior queda em três meses.
As disputas sobre aumentos de preços na França, Holanda e Espanha foram resolvidas, levando a uma recuperação em junho na França. A companhia viu preços subirem 1,2% no primeiro semestre e espera volumes estáveis este ano, devido à redução de gastos dos consumidores nas Américas e Europa.
A Heineken planeja economizar 500 milhões de euros até 2025 para compensar os volumes mais baixos. O lucro operacional orgânico cresceu 7,4% no primeiro semestre, impulsionado por mercados como Vietnã, Índia e China.
Nos Estados Unidos, os volumes caíram 1,2%, refletindo uma diminuição nos gastos, especialmente entre consumidores hispânicos. A Heineken reconheceu que o setor de cerveja enfrenta pressões incomuns, com rivais também registrando declínios.
Após o acordo comercial da UE com os EUA, que impõe uma tarifa de 15% sobre muitas exportações, a Heineken pode transferir parte da fabricação para os EUA, embora uma decisão dependa de consistência nas regulamentações e tarifas.