Hegemonia católica no Brasil deve acabar até a próxima década, aponta projeção
A queda da influência do catolicismo romano no Brasil é evidente, com uma expectativa de que, em poucos anos, os evangélicos se tornem a maior religião do país. Pesquisas indicam que, até 2032, a proporção de católicos pode cair para 38,6%, enquanto os evangélicos devem alcançar 39,8%.
A hegemonia do catolicismo romano no Brasil está em declínio, com uma reviravolta cristã impulsionada pelo evangelicalismo nos últimos 35 anos.
No início de 1940, 95% da população se declarava católica; em 2010, esse número caiu para 64,6%.
Projeções do doutor José Eustáquio Diniz Alves indicam que, até 2032, os católicos poderão reduzir para 38,6%, enquanto os evangélicos subirão para 39,8%.
Embora os números ainda sejam preliminares, os dados do Censo Demográfico 2022 estão em processamento.
A Igreja Católica permanece robusta com o aumento de padres (de 16,8 para 22,5 mil) e paróquias (crescimento de 43,6% nos últimos 25 anos).
No entanto, a participação feminina em cargos religiosos caiu de 42 mil em 1969 para 23,1 mil atualmente, uma redução de quase 45%.
Fatores que contribuem para essa diminuição incluem a incapacidade da Igreja Católica de acompanhar o crescimento urbano e a afinidade do discurso evangélico com o capitalismo.
Alves sugere que tanto o catolicismo quanto o evangelicalismo podem atingir um estado de platô após essa reviravolta.