HOME FEEDBACK

Havan é condenada por assédio eleitoral pela Justiça do Trabalho

A Havan foi condenada a indenizar uma ex-funcionária por assédio eleitoral, após evidências de pressão para apoiar candidatos específicos. A empresa recorreu da decisão, defendendo sua posição e negando a prática de constrangimento no ambiente de trabalho.

A empresa Havan, do empresário Luciano Hang, foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região a pagar R$ 5.960 a uma ex-funcionária por assédio eleitoral. A decisão é de fevereiro, e a empresa recorreu.

O juiz Fabrício Martins Veloso constatou pressão no ambiente de trabalho para que funcionários não apoiassem partidos contrários ao de Hang.

A ex-funcionária trabalhou em Jacareí, SP, de outubro de 2019 a abril de 2022. Ela relatou que a gerente proibia conversas políticas contrárias a Bolsonaro e ameaçava o fechamento da loja se Lula (PT) vencesse as eleições de 2022. Também informou que uma colega foi demitida por críticas ao ex-presidente.

Outro ponto destacado foi a ausência do número 13, associado ao PT, nos armários e caixas registradoras, evidenciando “constrangimento abusivo”.

A Havan negou assédio e disse que a funcionária nunca enfrentou constrangimentos. Sobre as manifestações de Hang, afirmou que se baseiam em liberdade de expressão. A empresa argumentou que razão para a falta do número 13 remonta a questões pessoais de Hang desde 1986 e que normas internas proíbem discussões políticas.

A Havan já foi condenada anteriormente em casos similares. Em maio de 2024, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) rejeitou recurso contra indenização a um vendedor, que acusou a empresa de obrigá-lo a usar camisetas de campanha e ameaças de demissão.

A Havan considerou as alegações do vendedor “absurdas”, reafirmando que nunca forçou funcionários a se posicionar a seu favor.

Leia mais em infomoney