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Haddad tenta evitar que novos benefícios sociais aumentem os gastos públicos, mas mercado desconfia

Governo busca equilibrar aumento de popularidade com medidas de controle fiscal, enquanto dólar reage a incertezas sobre gastos públicos. Ministro da Fazenda nega pacotes que gerem impacto fiscal, mas admite desafios em ano eleitoral.

Com a popularidade em baixa, a equipe de Lula, liderada por Fernando Haddad, busca segurar medidas populistas com impacto fiscal. O governo foca em expansão de crédito que, embora não interfira diretamente na meta fiscal, pode aumentar a dívida pública.

Informações sobre um possível aumento de gastos públicos fizeram o dólar subir 0,83%, fechando a R$ 5,679. Haddad nega reajuste no Bolsa Família e qualquer pacote com impacto fiscal.

Segundo Fabrizio Velloni, economista, o cenário eleitoral dificulta uma gestão fiscal efetiva. O governo tenta usar programas de crédito para melhorar a popularidade, como um novo modelo de consignado e linhas de crédito para microempreendedores.

Discussões sobre um financiamento para reformas em moradias de baixa renda estão em andamento, mas essas medidas não impactam diretamente as contas federais. A negativa de popularidade, evidenciada após a crise do Pix, pode se agravar com o escândalo do INSS.

Atualmente, o governo considera remanejar recursos do Orçamento para atender às demandas de reembolso, uma alternativa ao crédito extraordinário que permite aumento de gastos fora do limite fiscal.

O governo também planeja um bloqueio orçamentário e a nova versão do vale-gás, com custos respeitando as regras fiscais. A assistência a famílias de baixa renda na conta de luz será compensada com cortes de outros subsídios.

Haddad afirma que qualquer medida será pontual e que manter a inflação controlada é prioridade. O cumprimento da meta fiscal de zero para 2025 será buscado por meio de contingenciamentos e bloqueios.

De acordo com Sérgio Vale, economista, essas restrições afetarão setores como Saúde e Educação, e ajustes mais significativos só devem ocorrer em 2027. A preocupação é que essa estratégia seja meramente paliativa.

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