Haddad fala em “sofrimento” e Lula sai em defesa de ministro em meio à crise do IOF
Haddad defende aumento do IOF em meio a críticas da oposição e pressão no Congresso. O ministro alertou sobre riscos para a máquina pública caso a medida seja revertida sem uma alternativa viável.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu críticas sobre a elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) durante evento no Paraná, afirmando que servir ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva “é sempre interessante”.
Haddad descreveu a pressão que enfrenta como “sofrimento”, mas ressaltou que o apoio do governo é crucial. Durante a cerimônia de criação do Assentamento Maila Sabrina, o presidente Lula defendeu o ministro, destacando sua competência e os avanços que trouxe.
A situação ocorre em meio à forte reação do Congresso ao decreto que elevou o IOF. Parlamentares planejam projetos de decreto legislativo (PDLs) para derrubar a medida, que já foi parcialmente revogada após críticas do mercado. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que o “clima é para derrubada do decreto do IOF” e deu um prazo de 10 dias para o governo apresentar um plano alternativo.
Na noite anterior, Haddad se reuniu com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, alertando que não há alternativa imediata à elevação do IOF. Ele destacou o risco de paralisação da máquina pública caso o decreto seja anulado sem compensações.
A alta do IOF, anunciada em 22 de outubro, visa aumentar a arrecadação e garantir o equilíbrio fiscal, com previsão de ganhos de R$ 20,5 bilhões em 2025. A proposta ainda enfrenta resistência dentro e fora da base aliada.