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Haddad estima ressarcimento de até R$ 2 bi por fraude no INSS: “Essa turma vai pagar”

Governo inicia reembolso a aposentados e pensionistas do INSS por descontos indevidos, com estimativas de até R$ 2 bilhões. A devolução é resultado de apurações sobre cobranças não autorizadas feitas entre 2020 e 2025.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estima que o total a ser ressarcido aos aposentados e pensionistas do INSS por descontos indevidos pode chegar a R$ 2 bilhões.

A informação foi divulgada em entrevista ao O Globo, nesta segunda-feira (26). Este é o início da fase operacional de reembolso, focando nas cobranças associativas realizadas sem autorização entre 2020 e 2025.

Conforme Haddad, o valor final ainda depende de apuração, prevista para as próximas semanas. Dados preliminares indicam que o montante pode variar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões.

O cálculo foi baseado nas respostas de beneficiários notificados pelo Meu INSS e telefone 135 sobre autorizações de descontos.

O governo exigirá que as associações apresentem provas documentais de autorização com prazo de 15 dias úteis. Se não houver apresentação, outras 15 dias serão dados para devolver os valores à União.

Haddad afirmou: “Não temos ainda uma estimativa final, mas são muitas centenas de milhões de reais bloqueados dessas associações. Ninguém será prejudicado, mas essa turma vai ter que pagar, inclusive com os seus bens pessoais.”

A Advocacia-Geral da União (AGU) já solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens de 12 entidades ligadas às cobranças fraudulentas. Existem incertezas sobre a localização dos recursos desviados e a viabilidade de recuperação integral.

O total de descontos indevidos entre março de 2020 e março de 2025 foi estimado em R$ 5,9 bilhões. Portanto, o valor a ser ressarcido representa aproximadamente um terço das cobranças.

Nesta segunda-feira (26), o INSS iniciou a devolução de R$ 292 milhões relativos a mensalidades associativas indevidas cobradas em abril de 2025. O processo de restituição é considerado prioritário pelo governo, mas a fonte de recursos ainda será definida com a equipe jurídica.

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