Haddad diz que ‘sofre bastante no cargo’, mas que ‘tem alegrias’ ao encontrar soluções estruturais
Haddad destaca desafios e alegrias na busca por soluções fiscais, defendendo um pacote robusto de ajustes. O ministro ressalta a importância do apoio institucional dos presidentes da Câmara e do Senado durante a crise recente.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que "sofre bastante" no cargo, mas encontra "alegrias" ao buscar soluções para o problema fiscal do país.
Ele destacou que, apesar da repercussão negativa do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a crise trouxe oportunidades para discutir o ajuste fiscal.
Haddad elogiou a atuação dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, ressaltando que suas posturas foram essenciais na condução da crise.
Ele apresentou um pacote de medidas de ajuste fiscal, que incluirá um Projeto de Emenda à Constituição (PEC), um projeto de lei (PL) e uma medida provisória (MP), se necessário, considerando-o "robusto" e com impacto estrutural nas contas públicas.
Haddad não detalhou as propostas, mas indicou que o pacote será avaliado pelo presidente Lula em breve.
O governo teme uma paralisação da máquina pública se o decreto do aumento do IOF for revogado pelo Congresso, afetando as despesas não obrigatórias essenciais.
O decreto, que visa aumentar a arrecadação federal em cerca de R$ 20 bilhões, inclui impostos em transações como compra de moeda estrangeira e operações de crédito. Na mesma data do anúncio, o Ministério da Fazenda recuou da taxação sobre envio de recursos ao exterior, poupando R$ 1,4 bilhão do impacto.